sábado, 26 de julho de 2014

Sobre os meus 17...?

Sim. Enfim, 17. Mais um giro em torno do sol a partir do ponto em que a Terra estava posicionada no momento do meu nascimento. Já tenho 17 anos. Isso há 9 dias e eu nem contei qual foi a experiência aqui no blog, perdoem-me!

Bom, ter 17 é como ter 16: ainda vou pra a escola, ainda tenho aulas regularmente, ainda não trabalho, tenho os mesmos amigos e os mesmos costumes. Só tenho um pouco mais de liberdade. Não sei porquê, mas minha mãe está me deixando mais livre. Não reclama mas comigo se eu demorar de aparecer em casa depois da aula - afinal, sou ajudante de coreógrafa e terceiro ano: tenho muitos pepinos á resolver. Mas ter 17 é um aviso legal, um "disclaimer", um antecedentente aos 18 e ele tem um significado: Estudo, trabalho e independência logo, logo se juntarão. Então esteja pronto/a para aguentar tudo isso: a vida realmente vai começar.

Então, você pensa.

Passa aquele filminho na sua cabeça, bem rapidinho. Aí tu vê vários acontecimentos. Os que te chatearam, os que te fizeram rir e os que não têm a mínima importância, mas que, agora, te fazem rir. E tu ri. Ri porque a vida séria não tem graça. Ser adulto é chato. Ser sério é chato. Ser comportado é chato. E a profissão que eu quero é um tédio. Mas eu amo! Um tédio seria ficar falando mentiras e fazendo a cabeça das pessoas na televisão. Botar a bunda na frente da câmera para, simplesmente, ditar a ordem. Dizer como se vestir, o quê comer, como andar, o que escutar, qual a cor de pele aceita, qual o corpo aceito, um monte de coisa... Não! Eu, definitivamente, NÃO quero ditar as regras. E se for para ter alguma regra que esta seja a liberdade. A coisa mais linda que um ser humano pode ter, a qual todos nascem com. Mas, como ser jornalista não se resume á ser o "proseador da globo", eu posso fazer a parte que amo: escrever. Isso, sim, me deixa feliz.

Continuando com o filminho, você se vê criança. No meu caso, uma criança chorona. Muito envergonhada. Que, aos 7 anos de idade, no dia da sua formatura na escolinha, vê os irmãos discutindo sobre quem vai comprar o pão e grita: "eu compro o pão!". E realmente compra. Depois, lembra-se de que, na volta, passa um menininho e diz: "você está linda". Na vida real, fora do filminho, você começa a rir. E compara com a atualidade: hoje em dia a menina é "GOSTOOOOOSA!". É deprimente, mas é verdade. O respeito e a melosidade do romantismo literário foram todos embora. Talvez, e só talvez, façam falta.

Posteriormente, mais cenas. Atividades na escolinha, o famoso bullying, exclusão social, crescimento, mudanças físicas e de personalidade, mais acontecimentos. Problemas, brincadeiras, situações desconfortáveis, amigos e falsos amigos, falsos amore... Enfim, histórias á contar.

Lembro-me da primeira vez em que eu dancei em público no último ano do fundamental: fui para a quadrilha. Minha participação nessa quadrilha foi inesquecível, já que até a minha professora (que me odiava e fazia de tudo para que eu passasse vergonha) foi gentil comigo: ela mudou, embora ainda tenha continuado á me sacanear. Depois houve uma gincana na qual o meu grupo ficou em segundo lugar. Foi quando eu "realmente" dancei uma coreografia feita por, inicialmente, 7 pessoas, depois 6... Aí 4... Depois 6 de novo. Foi constrangedor, mas foi preciso. Saiu feio, mas as lembranças são lindas.

E, por fim (e, realmente, no fim no ano), fiz uma peça em 2011, onde era a Esperança e a Enfermeira. A peça me serviu para me deixar um pouco menos séria, mais brincalhona, mais solta, etc. Também foi quando ganhei minha primeira (e única) flor: uma rosa vermelha. Ganhei, assim como todos os meus colegas teatrais, uma rosa vermelha. Nesse ano eu aprendi a gostar de cinematografia. E até hoje sinto aquela leve vontade de fazer curta-metragens e postar internet afora. Quem sabe?

No primeiro ano, ganhei uma bolsa de inglês. Fiz muitas coisas, amigos, atividades. Me decepcionei muito, fiz atividades super e ainda teve a greve dos professores. Surgiu uma paixão: web design, sem eu nem saber. No segundo, tive as piores notas da minha vida, as melhores e mais engraçadas situações, as piadas mais engraçadas, os melhores amigos, os piores amores. Projeto por cima de projeto, etc.

E agora eu estou aqui. Já possuo mais histórias para contar: viagem de avião, Brasília, gente linda-cheirosa-e-gostosa que conheci nessa viagem, oportunidades que abriram como um leque na minha vida e incontáveis sorrisos e lágrimas expostos (ou não) ao mundo.

A última coisa que tenho para contar é a minha queda. Sim, eu caí. Caí no dia do meu aniversário. Á princípio, pensei: "Ah, que legal. Que presente foda: uma queda!", mas logo percebi que eu ainda não tinha feito aniversário. Meu aniversário seria ás 16:36, não ás 12h. Então me refiro á essa queda como sendo o desfecho do meu décimo sexto ano. Eu gosto de dizer que esse ano significava dificuldades, mas nunca desistências. Meu novo lema, o que me sustenta.

A minha oitava série foi complicada. E agora eu me sinto vivendo uma oitava série novamente, porém mais intensa. Afinal de contas, sou eu quem organizo as coisas, sou eu quem é obrigada á fazer as coisas, sou eu.

Mas é assim que é bom, pois a atividade é o que nos mantém de pé.

Na vida, não há uma sequência finita. A vida é um ciclo. Temos várias sequências que dão força ao ciclo, e este só acaba quando a gente morre.

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