segunda-feira, 7 de julho de 2014

Pré, During & Pós EIP

Yeeeeep: estou de volta á Salvador. "Coração do Brasil..." Agora destinada á falar com palavras escritas como foi a minha viagem!

Pré EIP

Antes de ir pra o EI, conversamos sobre lembrancinhas, amigo secreto, festa das meninas, um blá-blá-blá solto e aí, como eu estava me preparando para ir, decidi comprar umas lembrancinhas típicas da criatividade baiana. A princípio, queria comprar chaveiros da guitarra baiana. Depois os barquinhos com conchinhas. Depois as conchinhas e pedrinhas. Mas era tudo tão caro... Aí resolvi optar por lembrancinhas mais práticas: pulseirinhas e fitinhas do Senhor do Bomfim. Achei mega fuleiro, achei que eles não fossem gostar. Mas, no entanto foi incrível o quão eles gostaram das lembrancinhas. Super lindos, amo aquele pessoal!

Pulseirinhas da cor do Reggae, fitinhas do Senhor do Bomfim, Búzios da Costa (Contregum) e ali tudo isso dividido.
   Comprei 30 fitas e 26 pulseirinhas (56 ao todo). Os búzios, comprei um pra mim e um pra a minha roommate (colega de quarto) numa situação de solução ao desespero. Queria ter comprado conchas (ela mora no Acre - sim, ele existe - e não conhece a praia), mas não as encontrei. Comprei o que achei que seria legal. Também tinha uma garrafinha com areia de Lençóis, aqui na Bahia e um poster do Paramore (a banda favorita dela) Botei tudo na mala e disse: rumbora! 
   E, sobre o amigo secreto, fiquei com as mãos na cabeça em relação ao que comprar. Primeiramente, era um menino. Aí fizeram outro sorteio e, tcharan: outro menino. Mas esse menino eu já falava um pingo que fosse. O primeiro, Weslley, eu não falava. Pelo menos não no privado. Já o Igor (olha eu digitando errado, com artigo!), esse eu já falava. Aí eu fiquei pensando sobre o que comprar. Livros: mas o que ele gosta de ler? Artigos: mas ele já tem. Aí minha mãe sugeriu que eu comprasse uma estatuazinha e foi o que eu fiz. Peguei uma baianinha tocando tambor, embrulhei e disse: Jhá do céu, que ele goste!
   Daí foi só comprar mais algumas coisas, arrumar a mala e pronto: dormir. Deitei ás 22h, dormi ás 23h, acordei ás 2h. Saí ás 4:30: que seja o que tiver que ser!

During EIP

   Esse sonho já era realidade. Mesmo antes do avião, já tinha começado realmente. Cheguei ás 5h no aeroporto e aí começou a troca de SMS com os outros participantes daqui de BA. Conheci Izabella e Junior. Depois vi Juli (que eu já conhecia) e, de repente, sinto alguém me tocando numa tentativa de me chamar. Virei e um garoto dos olhos claros me disse "Você que é Raquel?" "Sim" "Eu sou Pedro". E, por último e não menos importante, conheci Hana. Depois embarcamos ás 6:40, saímos ás 7:20.
   Estávamos empolgados. Sentei na Janelinha, atrás de Juli. Levei um livro pra ler, mas era mais interessante ver as nuvens do que ler. Guardei o livro e comecei a observar. Enfim, me dei conta do que estava fazendo e senti que eu estava realmente acordada. Viajando de avião pela primeira vez. Longe de casa (muito longe de casa), em outra cidade, em outro estado, em outra região do Brasil. Sem pai, nem mãe, nem irmão, tia nem nada. Sozinha (em termos de família sanguínea). 
   Paramos em BSB pra ostentar lá (e, claro, tivemos um selfie na palmeira - não me perguntei porque tive essa ideia). A parada da conexão nos permitiu ver um pequeno pedaço de Brasília, o quão luxuoso aquele aeroporto é, com espaço pra jogar video game, telão pra ver os jogos da copa, restaurantes chiquérrimos, etc. e tal. Encontramos alguns EIs que não conhecíamos (de Roraima), os da Paraíba estavam perdidos por lá e não nos batemos com eles mas encontramos os conhecidos: meu povo do RN! Igor, Elise e Álex. Super simpáticos! Recebi um abraço louco de Elise: ela saiu correndo e gritando "Ai, meu Deus! Quem eu abraço primeiro?!". Me senti muito feliz! Depois fomos passear no aeroporto pra ficar comparando com o de Salvador, pra tentar falar com a família e pra o tempo passar. Que aeroporto lindo, que cidade linda, que tudo! 31 portões, chão brilhoso e paredes de vidro reluzentes, puro luxo. Bem diferente daqui de Salvador. 40 minutos depois, embarcar num outro avião. Com escala em Marabá, paramos e seguimos pra Belém os únicos que continuaram no avião).
   Sobre o avião... Tam é tudo de bom! E, sim, serei boba o suficiente a ponto de falar de como é voar de avião! Primeiro tu entra, tu senta e recebe as instruções. Como Tam é chique, tem um mini televisor á cada 2/3 fileiras em cada lado para dar as instruções. Depois o avião começa a se mover devagar... Dá a voltinha e quando ouve-se "Decolagem permitida", ele vai. E vai... E vai mais rápido e seus ouvidos vão tapando (especialmente se você deixou água cair no seu ouvido - nesse caso, tapa e dói) e, quando ele pega o voo, ele já está numa velocidade incalculável automobilisticamente falando. Ele sobe e tu sente ele inclinar, mas tu não inclina. Ele vira de lado e tu continua na sua posição. É algo fantástico ver a cidade de lado. 
   Confesso que chorei. De felicidade, afinal de contas, o sonho do EIP estava se realizando. Ou melhor, desde sempre fora realizado, só não tinha chegado a hora de sentir a real adrenalina.
  Descemos no aeroporto e Henrique estava nos esperando. Depois da chamada e da foto, fomos pra o hotel, depois banho e almoço. E o almoço era: maçã, nescau, batata frita e biscoito! E fotos, claro. Como disse minha prima: take a selfia :p Aí conheci Leda, a garota que adorou a minha frase no wpp "Morta featuring Enterrada". Tão legal! Ficamos andando de bandos até a gente se conhecer. E quando digo a gente, quero dizer: todos os EIs. Até tarde andando em bandos.
  Deu nove, dez e onze da noite. E nada da minha roommate. Via todos chegando, toda hora saía do quarto e "Alguém viu Camila?" "Que horas que ela chega?" "Esse povo do último grupo chega quando, minha gente?!". Até que me disseram "tá lá embaixo": a primeira coisa que fiz foi pegar o cartão e descer. Ao chegar lá embaixo, ela estava fazendo o check-in. Henrique me cumprimentou e eu disse: "vim receber a minha roommate aqui embaixo" "quem é?" "Camila". Aí ele chamou-a, ela virou, eu acenei e a primeira cena foi: "QUEEEEEEEEL!" + abraço. Ai, ela é tão linda, gente! Uma acriana super fofa! Sim, o Acre existe! E ela é prova disso. Subi com as coisas dela, depois ela subiu. Conversamos até as duas da manhã e aí o programa realmente começou.
   Abertura, aula, almoço, aula, jogo, dança, festa, sono. Tudo girava em torno disso: aula, apresentação, almoço, aula, passeio, aula, jogo, aula, festa, aula, trabalho voluntário, aula, tudo. Era tudo incrível porque a gente não dormia direito, a gente não comia direito (como disse Kah, "nada de comida caseira, baby!", haha), passávamos a maior parte do dia na rua e mesmo assim, adorávamos. Nossos professores eram americanos e super legais. Chad disse 3 coisas eim português na aula que eu nunca vou me esquecer: "Aproveitando", "I think PUTO is the best word to describe it..." e "Because I'm gringo...". Esses foram verdadeiros #EURIs do EIP!
    Se a intenção do EIP era uma imersão na cultura inglesa, ela matou dois coelhos com apenas uma cajadada uma vez que, em meio á tudo isso, todos nós tivéssemos tido a grande oportunidade de conhecer inúmeras pessoas, inúmeros sotaques, inúmeras culturas, inúmeras variedades de diferenças e semelhanças entre os estados do norte e nordeste do Brasil representados por pessoas maravilhosas e a grande oportunidade de, como disse Igor "torar com os esteriótipos", haha! O que quer dizer "quebrar os esteriótipos" na língua de nordestino. Foi tão amazing poder compartilhar, dividir e receber conhecimento!
   No último dia, tivemos apresentação, barbecue e piscina, eu tive papo com Stevie (uma das nossas teachers) e encerramento com João Bosco, coral, roupas formais, jantar formalzérrimo, discursos, chororô e abraçabraça! Foi aí em que eu vi que eu, além de ser retardada, era especial. Uma das coisas que o EIP me ensinou foi isso: eu sou especial. Queira, não me queira, vai ter que me aceitar (adaptado do Amazon Tour Guide, haha!). Um monte de gente vinha me dizer coisas que eu ficava "Monjhá, que é que eu fiz? Sou só uma retardada que sai se apresentando pra todo mundo e rindo alto e, ás vezes, ficando perdida na aula de inglês! Que é que eu fiz pra esse pessoal todo vir aqui me dizer tanto isso?". Fiquei super feliz! Fiquei com a cara vermelhérrima de tanto chorar de felicidade. E ai, chegou ao fim.

"Thursday, July 4th, 2014/ We've got spirt, yes we do. We've gos spirit, how about you?" Young Seals
Ticket para a nossa apresentação.
Baseball
Música by: Stevie 

Time to go! Hora de ir!

   Enfim, hora de ir. Acordei com batidas na porta do quarto. Olhei as horas: 08:46. Merda: Camila já foi embora. Olhei o quarto e a cama tava arrumada. Fiquei com a cara no chão e fui abrir a porta: era Eddie. Falei com ele aquilo e ele também ficou super chateado. Mais uma vez, a última, fui tomar banho no hotel. Escovar os dentes e tomar café. Saí do quarto e os corredores estavam vazios #nostalgia. O índio (olha o artigo!) estava escovando os dentes com a porta aberta e mesmo assim não hesitou em vir me dar um abraço. Estava se arrumando para partir. Ao menos acordei a tempo de vê-lo ir!
   Tive de aguentar a dor de ver todo mundo ir. Pelo menos o Thal veio falar comigo. Disse que Camila tinha me mandado um abraço. E me deu um abraço bem forte e recomeçou aquela nostalgia de chororô (pela terceira vez naquele dia de manhã). Nessa mesma hora, descobri os amigos que fiz lá. Gente que eu nem achava que me considerava assim, e foi demais! Demais? Quem falava isso era Camila. Que saudade do seu "Ai, que demais!".
   Depois subi pra me arrumar e me lembrei que o pessoal do RN já estava indo. Desci correndo pra dizer tchau. Chorei de novo. Consolei o povo. Descobri mais amigos. E subi pra voltar á me arrumar e mais nostalgia nos corredores. Quando saí do quarto, vi as camareiras no quarto ao lado do meu e meus olhos avermelharam mais ainda. Desci. Fiz o check-out. Me despedi de mais gente. E, aos poucos, fui guardando mais saudades no coração.
   Antes de saírmos, aplaudiram a gente. Poucas pessoas as que restavam no hotel.
   Chegamos no aeroporto, fizemos check-in e fomos comer. Depois avião. Passagens da Gol: altos dinheiros. Lanchinho na Gol: altos dinheiros. Selfie no avião, ver o jogo no avião, falar com americanos no avião, cantar no avião, dormir no avião, zuar no avião, vender salgadinho e água no avião mais barato que a Gol e ainda receber elogios e agradecimentos dos passageiros: não tem preço.
   Outra parada em BSB e descobrimos que nosso voo atrasou. Ou seja, Milk Shake Time! Depois despedida e Come Back Home (2ne1). Nos despedimos de Thiago e Natan, que continuaram no voo enquanto descíamos de volta ás nossas vidas. Fora do avião, a primeira coisa que Pedro me disse foi "Bom dia": 00:00 marcavam os relógios dos nosso celulares. Aí comparamos á esteira de malas em Salvador com a de Belém. Falamos do jogador de futebol que nos recebia, nos despedimos uns dos outros e dissemos "see you around". E aí, a emoção de rever minha mãe e meu irmão. "Quase não voltava, hein?" Foi o que ele me disse.

Pós EIP

   Hoje, dois dias depois da minha chegada, estou aqui escrevendo isso tarde da noite. Nunca, em toda a minha vida eu fosse achar que eu amasse tanto Salvador. Hoje, me orgulho da minha terra. Fico feliz de ter nascido nela e, novamente afirmo, não há nada melhor do que estar de volta, em casa. Por pior ou melhor que seja.
   Embora eu não tenha ido acompanhada de familiar, não fiquei com medo. Me esbanjei. Fui de braços abertos! Me diverti como nunca. Dancei feito louca. Conheci cada gente, cada contato, cada tudo. Teve gente que me desabou no choro em alguns minutos de falatório, ou seja, me conquistou! Enfim, Foi incrível e eu simplesmente não posso detalhar tudo senão esse texto vai virar um livro! Embora já esteja saindo muito grande e isso só até aqui!). Mas o EIP foi marcante e vai ficar sempre na memória.

   Trouxe comigo alguns gifts, lembrancinhas que alguns levaram:

   Da direita pra a esquerda, tem a fitinha do hotel "Let's cheer together! Juntos numa só torcida!" e a pulseira que Nara, nanara nara nara (sorry, princess, tinha que registrar isso aqui!) me deu (diretamente da New Zeland <3. Depois vem o cordel e o doce de leite do RN, cajuzinho de Sergipe, ímã de geladeira de Fortaleza, Maria Bunita de Pernambuco, APITO! Esse apito eu amei! Enfim, meus amorezinhos de lembrancinhas. E, por último (mas não menos importante), o chinelo. Esse quem me deu foi Igor. E, eu não sei porque, me apeguei á esse chaveiro e a essa amizade tão rápido. Um amor tão profundamente sincero. Sabe quando você sente que REALMENTE se dá bem com algo/alguém? Então, todas as lembrancinhas eu não quero perder, mas o valor sentimental dessa é o maior. É como meu XLR8 que eu ganhei á 4 anos atrás na Riachuello (se eu perder, fico putamente triste #MEJULGUE, haha!). Enfim, me sinto lisonjeadíssima de poder ter ganho tudo isso (fora uma camiseta de Manaus - beijo pra Lina! - e uma de Aracaju de amigo secreto. Valeu Natan!) e especialmente esse. 
    E, sobre as minhas lembrancinhas, eles gostaram. Até os professores. Também os dei lembrancinhas e eles ficaram muito felizes. Acho que os gringos não estão acostumados á receber presentes de seus estudantes. Ganhei até um abraço <3 Fiquei realizada de saber que as minhas besteirinhas foram importantes. Mais ainda quando Marcelo disse assim: "Sabe por que eu tô chorando?" "Porque?" "Porque toda vez que eu olhar pra essa pulseira, eu vou lembrar de você!". Marcelo, I love you. I love Igor, Elise, Thalmane, Camila, Luciana... São tantas pessoas não tenho como falar nome por nome, mas eu amei. Amo/Sou. Amo hoje e vou continuar amando sempre.
   Também sou super agradecida á Embaixada Americana e á todos que nos aguentaram e que nos proporcionaram tudo isso o que nós vivemos. (sejam professores, team leaders, coordenadores, staffs, Angel e seu aluno ~estudante, pois aluno significa sem luz~, funcionários do hotel, carinhas dos ônibus, todo mundo!). Foi inesquecível. Thank you Very Much!

Hoje...

Hoje, eu me sinto muito feliz por finalmente poder realizar um sonho: mandar uma carta de verdade. Esse povo me deixou amor e saudade e o EIP me proporcionou tudo o que eu posso estar sentindo agora.

Hoje eu tenho orgulho de dizer que eu sou Raquel, tenho 16 anos, sou de Salvador-BA e sou uma Immersioner 2014.


#SouEIP #SouImmersioner #2014 #ChegaChora

3 comentários:

  1. Arrasou Quell.
    Falou e disse... Vc é djmais...
    #saudades #ChegaChora

    ResponderExcluir
  2. Lindo seu texto menina! Consegui imaginar cada detalhe que vc escreveu :') Foi uma experiencia incrível na qual como vc disse, tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura americana e a nossa! (Thank you USA Embassy!) Uma semana mais que demais que com toda certeza marcou cada um de nós :D
    See ya around!

    ResponderExcluir
  3. Nunca esquecerei o primeiro dia em que te vi... Logo gritei: Queeeel! +Abraço, haha. Amei tudo o que falou, e me emocionei nos momentos que falou de mim, sempre com muito carinho e palavras cheias de sentimento... E, sim, Vc é DEMAIS! A melhor roommate sempre, nunca vou esquecer tudo o que aconteceu. #TutsTuts #Lacramos #ChegaChora

    ResponderExcluir