sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Yes, I am one of them: JE 2015!

Foram há quase 4 anos que me despertou o interesse de falar outros idiomas. O primeiro foi espanhol; o segundo, inglês. E comecei a fazer isso sozinha, ouvindo músicas e lendo traduções, tentando criar frases, etc. Até que descobri o Livemocha, um site para aprender inglês e peguei o gosto pela coisa.

Em 2012, entrei no meu atual colégio, o Odorico Tavares. E foi ele quem me abriu as portas para tudo o que eu estou vivendo agora. Descobri o Access Program (um outro programa da embaixada que oferece bolsas de inglês intermediário intensivo para estudantes do ensino médio no 1º e 2º anos que não têm condições para pagar um curso de inglês, com idade entre 15 e 18), que serve também como preparatório para o Youth Ambassadors Program (Jovens Embaixadores - JE/YA) já que aprendemos á falar inglês á ponto de nos comunicarmos bem se formos passar um tempo nos EUA e dos requisitos é fazer trabalho voluntário. Como o curso dura 2 anos, certamente saímos prontos para os JE (em teoria). O resto, vem da gente.

Em 2013 eu me inscrevi para a edição de 2014. E eu me lembro de tudo. Lembro do processo de seleção, do preenchimento dos papéis, da correria com os papéis, enfim! Uma série de coisas que, com muita ajuda, não foram em vão. Fiz o teste escrito e fiz o teste oral (morrendo de medo de não passar, mas passei). Passei pela visita na casa e, ufa!, me tornei finalista. E só finalista mesmo. Afinal, eu já sabia quem seria o Jovem Embaixador (pelo menos de Salvador): Débora. Lembro-me dela no teste escrito falando do English Immersion USA (EIP) e eu pensei: "essa menina já ganhou" - e ganhou mesmo.

Desanimei? Sim. Pensei: "isso não é pra mim". Inclusive, eu disse isso á ela. Disse aos outros também. "Isso não é pra mim." Estava enganada, ou talvez estivesse cega, apenas.

Enfim, no ano seguinte, descobri oficialmente que fui selecionada para o mesmo programa que ela (Débora) foi, o EIP. Então fui para Belém e detalhei tudo aqui. Porém, antes de ter ido, eu tomei coragem, me muni das forças que me deram e apliquei para o programa. De volta à Salvador e à realidade que me cercava naquele momento, ajeitei todos os documentos - alguns na correria - e finalizei o segundo formulário. Mais 1/4 de caminho andado!

Teste escrito (com medo). Teste oral (tremendo). Visita na casa (revogado). Resultado destas etapas: felicidade por mim. Felicidade pelos outros que passaram e uma tristeza. Tristeza prolongada, porque ao longo do caminho, sempre tem gente que se perde. Então, eu perdi de vista Pedro, Iuri, Hana e Juli. Perdi meus EIPs no caminho, perdi meu friend no caminho, queria que eles fossem ao menos para o EIP 2015, que eu sei que vai ser incrível! Mas outras oportunidades aparecerão. Ainda estou bolada, mas o importante é lembrar que a vida segue um ciclo e que, assim como comigo foi totalmente significativo o motivo de muitas perdas de minha parte, para eles será grandioso essas perdas. Afinal, é perdendo que se aprende a ganhar. E ganhar em grande estilo.

Passados os 4/4 das etapas generalizadas e dada a data do anúncio, surge a ansiedade como uma chama bem pequenina dentro de mim. E, faltando 4 dias para o resultado, eles mudam a data. Do dia 24 para o dia 27. Bateu aflição. "Porquê a mudança repentina?!" Por que a Embaixadora dos EUA, Liliana, vai ligar para UM dos JE. Sim, UM.

Conversando com minha amiga Laura (JE-15 de PE, ela quem me acompanhou durante todo o processo pós-EIP), chegamos à conclusão de que Liliana não ligaria para nós por que somos do nordeste, por que as coisas só acontecem para o Sul, o Sudeste e o Centro. Esteriótipo nosso.

O tempo passou e a segunda chegou. Falando muito no grupo do EIP-Belém e no chat do face (além de afastadas), a ansiedade batem com muita força. Ironicamente, não houve aula para mim, então pude respirar bastante e ficar bem tranquila. Ainda me lembro de no dia do resultado pensar "ela não vai me ligar. Eu moro em  Salvador...!" (com muita ênfase nesse Salvador!). E lembro que eu comentei com ela também.

Na Web (geral), vários chats: Facebook, WhatsApp, chat do Youtube (já que o resultado era ao vivo). E antes do resultado, tinha um contador na telinha do Youtube onde apareceria o vídeo. E, no chat, toda hora saía um print de quantos minutos faltavam. Ansiedade? DEMAIS! Quando eu olhei e faltavam 51 segundos meu coração bateu de um jeito que parecia que ele não ia bater nunca mais. "Não posso morrer ainda! Só depois de Janeiro!", pensei. E então começou.

Coincidentemente, ela ligou justamente para Laura e para mim, as que menos acreditavam nessa possibilidade. Esse momento foi inexplicável. Do vídeo, é incrível. Na hora, não há uma palavra, nem organização de todas que defina a sensação. Clique aqui.

Hoje, tem 4 dias que eu sou Jovem Embaixadora da Bahia. E isso é gratificante, porém é estranho. No mesmo dia, várias pessoas vieram me parabenizar. No dia seguinte, a mesma coisa. Sucessivamente, até hoje fazem isso. Já dei entrevistas, já recebi aplausos, já conheci tanta gente. Isso é algo muitíssimo novo. E eu me sinto honrada.

Também no dia seguinte já recebi e-mail e aí começou uma correria, uma correria! Ainda vivo essa correria e viverei até dezembro. Até janeiro, melhor. Dia 20/12 também será um dia de sentimentos bastante confusos...

Enfim, só queria dizer que ser YA/JE não é fácil. Mas é gratificante. E eu posso assegurar á todos de que Lorena e eu vamos representar a Bahia muito bem, com o melhor que podemos, com todas as nossas forças e trazer o melhor dos States pra cá, para tentar mudar as nossas realidades. Para tornar o mundo melhor!


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