Eu pedi emprestado á um amigo qualquer livro, pois estava sentindo que não sabia mais ler de tanto tempo que eu não lia nada. Porém o livro chegou em minhas mãos num momento muito impropício para empréstimos: estudos exagerados, projetos, trabalhos, aulas de campo, provas adiantadas, documentos, mala, compras, viagem, despesa e uma série de coisas que tomavam meu tempo me roubavam do livro e ele ficava sempre na mochila esperando ser aberto.
Fui e voltei e nada de ler o livro. Na minha host-house tinha o livro em inglês e eu nem me inspirei para folhear o meu. Mas depois que eu voltei e descobri que passei na UFBA, meu amigo coincidentemente passou na minha casa e contou que também passou e comentou sobre a parte mais linda daquela faculdade: a biblioteca. E, tenho que confessar que meus olhos encheram de lágrimas quando ele disse "aquela biblioteca agora, mais do que nunca, é nossa. Vários livros para ler, pense aí!" e eu fiquei muito feliz!
Ainda conversando sobre livros, nós discutimos sobre nossas leituras futuras e dissemos que terminaríamos as atuais e trocaríamos livros entre nós mesmos. E foi aí que eu retornei a minha leitura e percebi que o livro não era tão monótono quanto parecia dentro daquelas latas de metal - mais conhecidas como: aviões.
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O livro é aconselhado para leitores de um bom mistério-romance (sem muito mimimi amoroso), com um bom estômago para mortes, uma boa paciência para narração alternada (troca de lugares, um truque que eu adoro! - e odeio também, pois sou muito ansiosa, hihihi), bom senso crítico e compreensivo.
Por que? Porque o livro fala de distorções religiosas e religiões (dãn!). Ajuda a compreender o paganismo, a simbologia atualmente demonizada, significados de certos pensamentos, certas ações e, se você gosta de Percy Jackson, vai entender muitas coisas neste livro já que a mitologia grega é uma mitologia pagã, então poderá ser interessante para você!
Eu costumo dizer que o livro é bom para "leitores pouco machistas ou um pouco feministas que não se importam com religião", porque assim você não se sente o ofendido nem o ofensor. Mas todos podem lê-lo, é claro. Afinal, quanto mais leitores no mundo, menos ignorância :D
Não darei mais detalhes sobre o livro para não intimidar ou não fazer com que ele perca a graça, mas é um livro muito bom. Sugiro que bata a cabeça tentando compreendê-lo junto aos personagens quando ele te prender!
Enquanto isso, espero que a UFBA me aceite!
#MinhaCeitaUFBA!
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